Julian Assange diz que Google é o "maior serviço de informações do mundo"

Para Julian Assange os serviços de informações "são organizações burocráticas e incompetentes, que é possível enganar". O fundador da WikiLeaks, que falou ontem no Estoril por videoconferência, promete novas revelações
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A WikiLeaks prepara para breve novas revelações importantes, e continua a funcionar; as sociedades contemporâneas estão sujeitas a um "novo totalitarismo", de natureza "digital" que resulta da existência de cada vez "menos de centros de decisão" em todas as áreas e das ações de vigilância em massa operadas pelos serviços secretos, em especial os americanos; a Google transformou-se no "maior serviço de informações do mundo", com a sua ambição "de saber tudo, sobre todas as pessoas, em toda a parte". Foram estes os aspetos mais relevantes de uma intervenção de Julian Assange no âmbito do Lisbon & Estoril Meo Film Festival (LEFFEST), que terminou ontem no Estoril.

Sobre si próprio e o facto de estar refugiado há mais de dois anos na embaixada do Equador em Londres, Assange afirmou que sabe "como lidar" com a situação. "Estou treinado para isso", garantiu, explicando "não ser possível dizer como [isso] funciona, porque deixaria de ser eficaz". Mas como chave da resposta sugeriu que "é preciso saber enganar o adversário". Quanto às novas revelações, que deu a entender serem relevantes, Assange esclareceu que, no momento, não podia adiantar "nada mais", e que a sua divulgação está a ser ultimada por "um colaborador próximo".

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